sábado, 16 de julho de 2016

Peru: Lima - Parte 2

Tínhamos um dia inteiro livre pela cidade, então fomos conhecer os pontos principais de Lima.

Lima é a quinta maior cidade da América Latina. Foi fundada em 18 de janeiro de 1535, como a Cidade dos Reis pois a invasão pelos espanhóis ocorreu no dia 06 de janeiro - Dia dos Reis; depois passou a ser a capital do Vice Reino do Peru no Regime Espanhol e depois de sua independência, a capital do Peru.

Seu clima é de alta umidade com baixíssima quantidade de chuvas e nuvens persistentes. Só para ter uma idéia a média é de 8mm de chuva /ANO!!!!!!! Isso mesmo, praticamente nada. É considerado o menor valor de uma área metropolitana no mundo.

Do nosso hotel pegamos um táxi que foi direto ao centro da cidade. Pedimos que ele nos deixasse na Praça San Martin.

Isso mesmo, não estamos em BSA e sim, em Lima; mas lá tem um praça com o mesmo nome.

Não tem muito o que ver nessa praça a não ser o monumento central. Ela foi criada para comemorar os 100 anos de independência do país.


Estátua em homenagem a San Martin.

O General José de San Martin proclamou a independência de Lima em 1821.

De lá fomos andando até a Praça Central da cidade.

A rua que é só para pedestres que conecta essas 02 praças faz lembrar a Rua Florida de Buenos Aines com seu comércio e a grande movimentação de pessoas por lá.

Não posso dizer que é um bom lugar para compras pois nem reparei direito nas lojas.


Ao final dela chegamos na Praça Maior ou Praça de Armas de Lima.

É o principal espaço público da cidade e fica localizada em seu centro histórico. Lá encontramos o Palácio do Governo e a Catedral de Lima.

Fundada em 1535 foi palco dos mais importantes eventos históricos do Peru. Já foi local de touradas e execuções e nela se proclamou a independência do país.


Palácio de La Union e Prefeitura de Lima. Chamam muita atenção pela sua cor e seus balcões de madeira. 

Esse balcão é o da Catedral. Reparem no detalhe entalhado na madeira. Realmente digno de artista.



A Catedral de Lima lembra a de Sevilha tendo sido erguida em 1555.

Já sofreu várias reformas devido aos inúmeros terremotos que sofreu, mas sempre foi tentado manter suas características originais.

Em 1756 recebeu os restos mortais de Francisco Pizarro.

Possui 03 portas como a maioria das catedrais. A principal, do centro, é chamada de Porta Principal; a do lado direito é a Porta do Batistério e a d lado esquerdo é a Porta do Perdão.

Dentro dela está o Museu de Arte Religioso.

Catedral de Lima.

No dia que fomos ia acontecer um casamento na igreja.

Não costumamos a ver essa cor nas igrejas, mas ficou muito bonita.

A partir daqui seguimos ainda a pé até o Bar Cordano, onde fizemos um pequeno lanche. 

Ele fica no final da rua depois que você atravessa saindo da Catedral a direita.

O ambiente é bem pequeno, mas quase sempre está cheio. Pode ser uma opção de almoço também.

É um dos bares / restaurantes mais tradicionais e antigos do centro histórico de Lima, existindo desde 1905.

Lá peça a Butifarra que é um sanduíche feito no baguete com fatias de presunto de porco e salsa criolla (cebola, limão e pimenta).






Logo na sua esquina viramos a direita. Nessa pequena rua existem algumas lojinhas com souvenir para quem ainda não comprou tudo que precisa.

Rua do Bar Cordano.


Compramos quase tudo em Cusco, mas aqui também vende. Alguns artesanatos não são tão bonitos e um pouco mais caros.

Seguindo em frente na rua vamos ter na Basílica Menor e Convento de São Francisco.

Suas visitas são guiadas e acontecem em horários específicos em algumas língua.

Infelizmente não é permitido tirar fotos em seu interior, mas a beleza, requinte valem a pena conhecer. Muito bem decorado, com obras de diversos artistas parece até um museu.

Construído em 1674 é o monumento mais visitado de Lima. As catacumbas e a biblioteca fazem parte do Convento.


A biblioteca possui diversas obras, sendo muitas delas raras; um acervo rico da Ordem Franciscana. Lá está o primeiro dicionário de Espanhol. 

As duas fotos abaixo foram pegas na internet. Elas estavam sem nome na foto, só como arquivo.



A medida que vamos descendo, vamos chegando as catacumbas. São diversos túneis subterrâneos onde poderemos ver ossadas de 750.000 pessoas. 

Em alguns pontos eles formam "desenhos". Proposital?



Terminando o nosso tour pegamos um táxi ali na porta mesmo e pedimos que ele nos deixasse no Huaca Pucllana.

Localizado em Miraflores, é um sítio arqueológico da Cultura Lima de 200 a 700DC. 

Achado somente em 1981, desde então vem sendo investigado, restaurado e conservado.

Só uma curiosidade. Essa área, antes de começarem as escavações foi usada para diversos fins, inclusive como pista de motocross.

Ele possui 03 ocupações pré hispânicas bem definidas.
1 - Cultura Lima, de 200 a 700DC
2 - Cultura Huari, de 800 a 900DC
3 - Yschma, de 1000 a 1532DC

Composto por um conjunto de pirâmides com pátios, praças e acessos em rampa; todo construído em barro.

Era um local de cerimônias, mas as partes mais baixas eram públicas.

Três tipos de rituais eram praticados na área.
1 - Sacrifícios, principalmente de mulheres jovens
2 - Quebra de grandes jarros ornamentados com cor e temas marinhos.
3 - Banquetes onde especial era o tubarão.

Entrada.

Um pouco da reprodução de sua cerâmica. Está era sempre pintada com 03 cores fundamentais e motivos marinhos.


Reprodução de oferenda aos Deuses. Esses jarros eram usados para oferecer algo.




Cada cultura que vinha construía sobre a antiga. Não colocavam ela abaixo. Assim foi - se aumentando a altura das construções, até porque a idéia era chegar mais perto dos Deuses que estavam no céu.

Aqui está uma representação de como eles faziam o adobito. Barro pisado, ganhando forma com as mãos e depois secado ao sol. 

Adobes é como se chama esse "tijolo". Feito a base de barro com forma de paralelepípedo e colocado na vertical é uma das características da cultura Lima. Eles colocavam argamassa em cima e em baixo e deixavam espaços livres dos lados de cada um, dando a impressão de livros na estante - por isso o nome de técnica de livreiro.

Uma maquete para tentar mostrar a dimensão e o espaço como era utilizado na época.

Depois de ter sido abandonado pela cultura Lima, o local, em especial, sua parte mais alta, foi usado como cemitério de elite para a cultura Wari.



Aqui uma representação, onde a pessoa era envolta em numerosas telas e roupa de vestir. As tumbas podiam ser individuais ou múltiplas e continham oferenda de pequenas crianças (aquele pequeno envolto de pano entre os 02 maiores) para servir de companhia as pessoas principais. Também podem ser encontrados objetos que indicam qual a sua atividade laborativa durante a vida, além de alimentos.

Uma das tumbas, descoberta em 2005, acredita - se que tenha sido do Sumo Sacerdote. Neste foram encontrados 06 trajes masculinos com representação de figuras que lembram ao culto Pachacamac, assim como crianças sacrificadas. 

Sua cabeça não foi encontrada, pois deve ter sido extraída para uso em cerimônias de onde ele se invocava.


Se aceita que após a queda dos Wari, foi formado uma unidade social chamada de Ychsma; cujo centro principal era Pachacamac.

Uma das oferendas que eles faziam era a de sapos, pois ele representa um símbolo de umidade e água; e na tradição andina e cosquenha ele representa um pedido de água.



Se olharmos com calma veremos como se fossem triângulos. Uns adobitos pendendo para a direita e outros pendendo para a esquerda. Essa conformação deixa a parede com efeito antisísmico.

Dentro do sítio arqueológico há um restaurante / bar que vale a visita.

Caso vá a noite, não esqueça de reservar pois lota!!!!!!

Eles tem como especialidade a comida criolla que é a comida típica peruana com ingredientes locais e inspiração também na comida espanhola.

A entrada já é bonita, mas lá dentro....


Uma sala de drinks onde você pode esperar a sua mesa ou fumar um charuto.

A decoração é bem requintada e nos mínimos detalhes.

Salão interno do restaurante.

Adega de deixar inveja muitos restaurantes.

Mas, o que chama atenção é a parte externa com vista para Huaca Pucllana. Se for jantar, reserve uma mesa do lado externo. De um lado fica as mesas para refeições e desse lado do sofá fica um bar com pequenas mesas para bebidas. Ficamos depois do tour um pouco apreciando o local.

O restaurante não é barato, mas perto dos valores que são praticados por um restaurante do mesmo nível no Rio de Janeiro, dá para ir tranquilo.

Com isso terminamos o tour por Lima.

O que posso dizer? Não esperava tanto da cidade. Verdadeira surpresa. Recomendo.




Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!






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