domingo, 8 de março de 2020

Arktikum Museum - Rovaniemi

Localizado em Rovaniemi na Lapônia, o Arktikum Museum é um museu e centro de ciência em um único local.

Aqui você irá conhecer e aprender uma pouco mais sobre a natureza, cultura e história do Ártico.

No site oficial você pode conferir os valores e horários de funcionamento, mas não precisa comprar com antecedência. Assim você não ficará preso com o dia, caso queira mudar seu roteiro.

Nós aproveitamos um término de um passeio no centro da cidade e pedimos que o guia nos deixasse lá.

Para quem vai caminhando da cidade fique tranquilo pois em 20 minutos você chega e é possível fazer esse percurso inclusive no inverno que foi o que fizemos na volta.

Só lembre que no inverno, alta temporada, o sol se põe por volta das 15/16h.

No verão você pode aproveitar e andar as margens do Rio Ousnajoki que possui um jardim e quem sabe ver o sol da meia noite. Ele fica atrás do museu.

Durante o inverno quem sabe dar a sorte de ver a aurora boreal?

Foi legal fazer esse passeio após passarmos o dia em várias atividades e vivenciar um pouco do frio, neve e costumes; assim podemos perceber e entender melhor certos aspectos.

O prédio tem uma aparência bem aústera, mas que combinou perfeitamente com a neve ao redor e muitas janelas grandes que dão uma cor pelas luzes de dentro.


Ele é composto de 02 pavimentos e é linear. Essa parte mais lateral que aparece na frente do lado da entrada são o café e uma sala de exposição que na época que fomos era de arte contemporânea.

Entrada simples, mas majestosa.

Seu teto é todo de vidro e arredondado o que gera uma amplitude bem legal ao ambiente.

E as salas de exposições são laterais nesse longo corredor.


O museu é pequeno e não tem "grandes" obras, é basicamente sobre o povo e a vida dessa região.

Vou mostrar alguns pontos que considerei principal.

Eles falam da evolução do vestuário.

Roupa típica da lapônia que é todo feito de pele para aguentar as baixas temperaturas.

Alguns animais para exemplificar a fauna da região.

O mais perto que chegamos de um urso polar.
Mas os animais mais famosos são as... Renas!!!!

E uma coisa que você vai encontrar na Escandinávia em geral para comer é carne de rena (reindeer) e de alce (elk).

Prato típico e caro, mas não fique surpreso que nem todo mundo gosta devido ao sabor mais forte da carne.

A caça desses animais é permitida por lei, até porque tem regiões que tem mais renas que pessoas.

Ao vivo só vimos renas, mas no final das contas como podemos diferenciar esses dois animais?

O alce é um pouco mais grotesco e sua galhada é em formato de concha (principal diferença), seu pescoço é curto e grosso e o focinho é comprido e caído. Só o macho possui chifres.

A galhada das renas é mais ramificada e diversificada, ela não segue um padrão e é o único que tanto a fêmea quanto o macho possuem chifres.

Você sabia que a galhada são ossos verdadeiros e uma única estrutura? E elas caem todo ano, sendo maiores a cada ano que nascem.

Essa galhada é usada para fazer diversos objetos que vão desde porta velas a lustres.

Então, alce ou rena? Se ficar na dúvida é só perguntar nos comentários que dou a resposta.

Também mostra um pouco de suas moradas antigas.

Durante vários passeios que fizemos tínhamos parada no meio da floresta coberta com neve onde encontrávamos tendas com fogueiras dentro que serviam para nos aquecer e fazer pequenos lanches.

A estrutura básica delas é visto abaixo, sendo de ripas de madeira cobertas ou com o couro do animal e hoje em dia com lona.


Fantástico, não? Simples, mas muito funcional.

A foto cortou o topo, mas eles sempre deixam uma abertura em círculo para que a fumaça não acumule no local.

As roupas são uma atração a parte, e logo no início do post mostrei um costume de inverno, mas uma bem característica é essa aqui.

Quem já viu Klaus, o filme. Lembra de alguma coisa?


Existe uma sala no estilo de cinema onde é apresentado um filme sobre a aurora boreal.


Mas algo bem simples que adorei e me fascinou foi o mapa abaixo.

Ele possuía cinco botões de cor diferentes que quando apertávamos aparecia uma linha ou ponto diferente. Cada um deles tem um significado.

Vou tentar explicar um pouco de cada.

Na foto abaixo temos em vermelho o Círculo Polar Ártico.

Localizado em uma latitude de 66°32´ ao norte da Linha do Equador, é considerado o limite inferior do ártico; e é uma linha divisória dos raios solares.

Durante o verão há pelo menos 1 dia em que o sol não vai embora, e no inverno  há um período em que o sol não passa do horizonte.


A linha verde abaixo é o que eles chamam de Treeline ou Timberline.

Os botânicos definem o ártico como a ausência de árvores, então essa linha define que acima dessa latitude as árvores não crescem.

Ocorre a treeless tundra, que é a vegetação típica do ártico.


A linha laranja corresponde ao Permafrost; que é o chão congelado ao longo do ano.

O permafrost ocorre em até 1/4 das áreas da Terra e a maioria está localizada no ártico.


O Polo Norte Magnético, que é um ponto variável na superfície do planeta que é para onde as linhas do campo magnético apontam.

Esse é o verdadeiro norte das bússolas.

E como você pode ver ele fica mais para o norte do Canadá.


E temos o Polo Norte Geográfico que é o ponto central ao norte relacionado ao eixo de rotação da terra.


No final do museu há uma longa parede de vidro que é uma continuação do teto.

Arquitetura e harmonia fantástica.


No inverno vemos tudo branco pelo vidro, mas no verão a visão é do rio que corre atrás.


O museu é pequeno e bem diferente do que estamos acostumados em relação a Europa, mas gera um grande ensinamento e mostra uma diversidade dessa cultura tão diferente e longe de nossa realidade.

Acho que valeu muito a pena nossa ida, e o ideal é que você o encaixe em seu tempo livre antes ou depois dos passeios que são o principal turismo do local.

O museu fica abaixo do nível da rua principal, então é necessário descer essas escadas. Cuidado com a neve pois estava escorregando muito.


Bjs e Até a Próxima Aventura, sempre Tentando Explorar o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!