quarta-feira, 27 de julho de 2016

Pachacamac - Peru

No nosso última dia em Lima resolvemos conhecer Pachacamac.

Tínhamos um almoço já agendado no Astrid Y Gastón e teríamos a parte da manhã livre para turistar.

Como já havíamos conhecido os principais pontos de Lima, demos preferência a conhecer algo novo; então no sábado reservamos um tour para esse sítio arqueológico fora da cidade.

Agendamos ele através de um grupo que possui alguns pontos de venda pela cidade de diversos tipos de city tour. O Mirabus em Miraflores.

É fácil de identificar, pois são "casinhas" vermelhas nas ruas.


Esse tour em geral ocorre pela manhã, até por causa do sol que é tremendo no local. 


Sério, se for fazer, vá de chapéu com muito protetor e se puder blusa de manga comprida. E leve água, mas há a opção de comprar lá.

Não é exagero. Os próprios guias usam roupas que só deixam o rosto de fora, usam até luvas.

Assim como Huaca Pucllana, 04 civilizações distintas viveram em Pachacamac - Lima, Wari, Yshma e os Incas.

Construída por volta de 200 AC, ela existiu por mais de 400 anos.

Ela era dividida em 04 zonas: administrativa, cerimonial, doméstico e a parte destinada a peregrinos.

O tour sai de Miraflores (temos que ir de encontro a ele) e vai até o sítio arqueológico que fica pelo menos há uns 45 minutos de distância.

Uma coisa foi legal pois passeamos pelo litoral de Lima que gera vista e fotos fantásticas além de bonitas.



Quando chegamos no local propriamente dito a impressão é que chegamos no meio do deserto.

Areia para todos os lados é que se vê. Entramos de ônibus, até porque o início do tour é bem mais a frente.

Pachacamac significa alma da terra e ninguém poderia olhar diretamente para seus olhos, pois acreditavam que só um movimento de sua cabeça poderia causar terremotos.

Nunca fui em um deserto, mas tive a sensação de estar em um lá. A entrada até o local é um longo caminho.
Pirâmide com rampa. Eram no total 17 pirâmides, o que mostra a grandiosidade do local. Elas não possuíam topo, era só base sobre base, com rampa de acesso para cada, sendo que a medida que subia as rampas ficavam mais estreitas para limitar o acesso.


Templo do Sol.


A vista do Pacífico é bem bonita. 



Já no final do tour, passamos por uma reconstrução para termos uma idéia de como era.

Acllawasi - local onde viviam as mulheres selecionadas para servir ao Império Inca.

No final da visita tem um museu com alguns dos artigos encontrados no local, inclusive o Ídolo de Pachacamac.

Do lado dele tem um pequeno café com bebidas e lanches a venda.

Máscaras mortuárias. Eram feitas em madeira para lembrar os mortos.

A divindade de Pachacamac gerava temor e respeito, conhecido entre seus devotos como "animador del mundo". 

Um dos mitos é que ele era o Deus dos terremotos e outro é que ele provia os humanos com comida após o sacrifício de uma criança ao Deus do Sol.

Na época os peregrinos esperavam semanas para dar suas oferendas ao Deus Pachacamac.

Eles esperavam até que o Sacerdote pudesse falar com eles e assim o entregavam as oferendas.

As pessoas normais nunca viam o Deus, pois só o sacerdote possuía o necessário para entrar em contato com ele.

Contam algumas histórias que quando os espanhóis chegaram ao local, eles entraram na sala que estava o ídolo, que seria o Deus e ela possuía um cheiro insuportável de carne podre, sangue e comida velha (as oferendas antigas) e que levaram para todos que estavam presentes o ídolo para fora dessa "sala" e mostraram que eles ofereciam tudo a um pedaço de madeira.

Na hora isso criou um horror aquela população, mas aos poucos foi criando uma descrença e desconfiança que acabou com a idéia de adoração a esse Deus.

Esse ídolo foi achado em 1938 e as descrições realizadas pelos conquistadores espanhóis em 1533 conferem com sua descrição.

Foto de quando acharam o ídolo.

Vale a visita, mas só se tiver tempo de sobra. Não levem crianças devido ao imenso calor e é um passeio bem cansativo.

Tinha crianças lá? Sim, mas o que percebemos é que as pessoas com pequenos acabaram não fazendo o tour inteiro.

O estado de conservação não é muito bom, parece muito com Huaca Pucllana em maior dimensão, porém menos explicativo e grande parte é restaurado ou reconstruído e não original. Isso é inclusive um dos motivos que não pode ser considerado um Patrimônio da Humanidade.

Gasta - se uma manhã inteira no passeio e o sol e calor são de matar qualquer um, até os mais preparados.

Agora terminou nosso passeio pelo Peru....

E faltou muito para conhecer esse país tão rico e cheio de atrações.

Partindo para a próxima...





Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!







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