sábado, 25 de agosto de 2018

Tropicana - Jantar Musical em Havana

Até Cuba se rende aos jantares tipicamente turísticos com música.

Quando planejávamos nossa viagem vi alguns lugares que apresentavam show, entre eles o Hotel Nacional de Cuba, o Copacabana Palace deles; mas as melhores críticas eram do Cabaret Tropicana, então o escolhemos.

As reservas foram feitas pelo site, assim como o pagamento.

O site você pode ver aqui.

Escolhemos para o dia que chegamos a cidade.

Era bem longe de nosso apartamento, então pegamos um táxi.

Basta andar na rua que você verá diversos pontos de táxi espalhados pela cidade.

Não espere ver os carros da mesma cor ou com algum indicativo de que seja um táxi, assim você só encontrará no aeroporto que são carros "dados" a pessoas pelo governo para que eles possam trabalhar.

Os táxis do dia a dia em geral são pessoas que possuem os carros antigos e ganham o direito de usá - los como táxi.

Então, lembre - se que você está em Cuba, um país com diversos tipos de embargos e não seja muito rigoroso com sua avaliação sobre o automóvel.

Combinamos o valor antes de ida e volta. Ao final do show ele já estava lá para nos pegar.

Nossa primeira incursão nos carros antigos. No início pensamos que o motorista era gentil pois abriu a porta ao entrarmos e sairmos, mas depois percebemos que a porta não abria por dentro. E ao sentarmos a sensação é de que afundamos no estofado.

O estofado do banco de trás era de couro, mas o da frente parecia tecido de sofá. A porta era cheia de remendo tipo durepox. O carro fazia tanto barulho que lembrava uma espaço nave, além de sacolejar.
Só um adendo antes de entrarmos na parte do show em si.

Ao término do show o motorista nos encontrou na porta e fomos até ao carro estacionado. Quando entrei levei o maior susto pois tinha uma mulher lá dentro.

Era a esposa dele, pois as vezes, ela vai com ele para o trabalho, para aproveitar os pontos de wifi da rua e se conectar.

Achei bem estranho, mas depois da terceira vez que isso aconteceu, já estava achando normal.

Mas o que é o cabaret cubano?

É um show de música e dança típica do país, lembra um pouco o carnaval do Rio com fantasias e trajes bem pequenos, ultra coloridos e bastante animado.

Som vibrante dos ritmos tradicionais como mambo, cha cha cha e son juntos e misturados.

O Tropicana incluiu em seu script também apresentações de circo e termina mesmo num grande carnaval.

Entrada.

Seguindo esse túnel teremos no local de apresentação do show. A esquerda fica o restaurante.
Como escolhemos a opção com janta, assim que chegamos nos dirigiram ao restaurante.

O ambiente é bonito, nostágico, lembra bem a década de 50/60 (acredito que a época auge dos cabarets), mas tem um cheiro de mofo bem forte. Claro que depois de alguns minutos você se acostuma, mas até lá...

São várias mesas e tem um piano de cauda, onde fica uma cantora e o pianista durante o jantar cantando músicas típicas e conhecidas de cada país dos visitantes.


No dia que fomos o restaurante estava vazio, mas o show não.


O ambiente do restaurante conta com ar condicionado (importante para quem vem no auge do verão).


A comida está incluída nesse pacote show + jantar, mas como já disse não espere muito. Tudo muito simples, ao melhor estilo de comida caseira. Nada muito chique, mas dá para comer bem tranquilo.

Pão de couvert sem nada para acompanhar.

Salada de camarões.

Frango com legumes.

Carne com legumes
A sobremesa vou ser bem sincera que estava muito ruim. Seria um bolo de baunilha com cobertura de chocolate e recheio de creme, mas eu que adoro doce deixei mais da metade.

Até o bolo caseiro da fábrica da vovó é melhor.


Acabado a janta você deve - se dirigir para o local do show onde o seu lugar já está reservado.

Aberto em 1931 o local fica a céu aberto e tem lugar para 1.400 pessoas.

As mesas são em sua maioria retangulares para muitas pessoas, a nossa era para 8 e dividimos a mesa com um grupo de 04 alemães.

É oferecido 1/2 garrafa de rum para cada pessoa, juntamente com 01 charuto e amendoins.

Qualquer outra bebida é paga a parte, mas não é caro.


O show é muito colorido, animado e bonito. Um pouco longo, poderia ser mais enxuto.

Agora é algo totalmente para turista; mas somos o que? TURISTAS!!!!! Talvez os brasileiros não vejam tanta diferença, mas os "gringos" em geral ficam enlouquecidos.

Algumas partes são extremamente exageradas, tipo chapéu de lustre.





Particularmente sempre que vou a uma cidade gosto de ir nesses lugares, então não me arrependo.

Se você estiver na conta do dinheiro, acho que é algo que não faz falta.





Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!







sábado, 18 de agosto de 2018

Havana - Cuba: Parte 3 (roteiro a pé)

Agora vamos a nossa última parte do roteiro de 01 dia em Havana a pé.

Lembra que no post anterior (você pode ler aqui) terminamos no Museo de La Revolucion.

Então para uma melhor organização e terminarmos perto de "casa", pegamos um bicitáxi e seguimos para o Museo del Ron.


Roteiro 3:






Chegando ao Museu, que na verdade parece mais um bar, não tinha nada, inclusive o bar estava fechado, pois só abriria mais tarde.

Tiramos algumas fotos e seguimos para a nossa próxima parada.



Bem próximo do museo está uma das mais famosas praças da cidade, a Plaza Vieja de Habana.

Originalmente chamada de Plaza Nueva ela foi a terceira praça da cidade atrás da Plaza de Armas e Plaza de San Francisco.

Aqui era a residência da Plutocracia Criolla (Latinos americanos que são totalmente ou quase descendentes de espanhóis de posses/ricos) que viam de seus balcões as festas, execuções, procissões que aqui ocorriam.

Já foi mercado de rua e até estacionamento.

Depois foi revitalizada e hoje em dia é um dos pontos preferidos com diversos bares e mesas pela praça para curtir e apreciar sua viagem.


Aproveitamos para experimentar o famoso arroz congri que achamos muito ruim, acompanhada de umas espetadas de porco que também deixaram muito a desejar.

O arroz congri é uma receita tipicamente cubana na qual o arroz e o feijão são cozinhados juntos. Também chamada de Moros ou Moros e Cristianos. Quando cozinhados separados é chamado de arroz con frijoles.


Nesta praça fica a Fábrica de Cerveza, então não poderíamos deixar de experimentar também.

Acha mistura ao longo do dia - mojito, daiquiri, cerveja...


E obviamente experimentar um charuto comprado na Patargás.

Na foto temos o Cohiba, o mais tradicional deles.


De lá seguimos em direção a Plaza de San Francisco.

Infelizmente não tenho boas fotos da praça pois chegamos nela já a noite e a iluminação pública não ajuda de tão precária.

Isso é algo comum em Havana, as ruas são pouco iluminadas a noite. Ainda bem que a cidade é extremamente segura.

Embora o roteiro diga para irmos para o apartamento pelas ruas de dentro, preferimos ir pela orla.

E assim já passamos a noite pelo Castelo de la Real Fuerza que foi um forte construído para proteger a cidade dos ataques dos piratas.

Acabou que nunca foi usado com esse propósito pois ficava um pouco longe do mar.





Chegamos a Plaza de Armas novamente.


Como você puderam perceber 01 dia dá para conhecer tudo, mas é um pouco cansativo, embora tenhamos feito diversas paradas no caminho.

Para quem chega de cruzeiro também dá para fazer esse roteiro tranquilamente, uma vez que o porto de desembarque é quase em frente ao Museo del Ron.

Então basta começar por ali e fazer o roteiro com outra organização.

Em relação aos valores, cada drink girava em torno de 5 a 6 CUC e no almoço, que não recomendamos o gasto foi de 60 CUC.

Só o museu da Revolução desse roteiro foi cobrado entrada e não ache que você encontrará supermercados, lanchonetes ou padarias confiáveis no caminho para um lanche.

Para falar a verdade, nem frutas a venda encontramos.


E aqui termina o roteiro de 01 dia em Havana a pé (quase todo a pé).

Nós ficamos 2,5 dias em Cuba, por isso que foi tudo corrido.

No nosso roteiro deixamos 01 dia para Havana, 01 dia para Varadero e Cuevas e 1/2 dia para um tour de carro antigo ou vintage como preferir.

Quem tiver alguma pergunta é só mandar pelos comentários. Sei que é muita informação e ainda é um país com informações de viagens um pouco restritas.





Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!







sábado, 11 de agosto de 2018

Cuba: Havana - Parte 2 (roteiro a pé)

Lembra que no último post terminamos por conhecer a antiga Fábrica de charuto Patargás, que você pode ler aqui.

De lá pegamos o Coco táxi em frente ao Teatro de La Habana Alicia Alonso e fomos almoçar.

Nossa intenção era almoçar no Dona Eutímia, mas não tinha feito reserva pois não sabíamos a que horas conseguiríamos chegar.



Tentamos, mas infelizmente não deu certo.

Acabamos almoçando no restaurante ao lado que foi uma das piores escolhas que fizemos. Atendimento péssimo, sobretaxa que não conseguimos entender e após ver a discussão do casal ao lado com o garçom e não resolver nada, desistimos de insistir. Comida sem gosto e que demorou horrores!!!!!! para ficar pronta. Teve até falta de gás e tivemos que esperar um novo botijão chegar.

Em relação aos restaurantes falarei em outro post, mas já adianto para ir nos indicados.

Mas vamos lá começar a segunda parte de nosso roteiro que aconteceu no mesmo dia.

Roteiro 2:

Andar de Coco Táxi não é algo imperdível, mas não é caro e é diferente.

Transporte de turista? Com certeza!!!! Mas somos.

Não esqueça de combinar o valor antes da corrida.



Abaixo coloquei o mapa que mostra os pontos de interesse e a distância total.

Percebam que o ponto de início é bem próximo ao ponto de início da primeira parte do roteiro, mas escolhemos fazer dessa maneira, pois estávamos pensando no almoço.



Nosso roteiro começa na Plaza de La Catedral.

Chamada de Catedral de la Virgem Maria de la Concepcióm Inmaculada de La Habana, foi construída entre 1748 e 1777.

Outro nome da Catedral é Catedral de San Cristóbal pois os restos mortais de Cristovão Colombo estiveram aqui.

Sua fachada barroca é composta de 02 torres que são diferentes entre si.


O altar um dia também foi barroco, porém no século XIX ele foi substituído por um neoclássico.


Dali seguimos para o almoço.

Mais um mojito para a conta.


Terminado o almoço, nosso próximo destino é o famoso bar La Bodeguita Del Medio.

Mas um bar frequentado e conhecido por diversas personalidades.

Até Pablo Neruda esteve por aqui.

Seu nome vem de bodega que significa pequeno armazém e nem sempre foi um bar.


Como vocês podem ver, está sempre lotado!!!!

Entrar, chegar ao balcão e pedir o mojito é quase uma aventura.



Dentro desse quadro está a frase mais emblemática dos bares da cidade dita por Ernest Hemingway.

- "My mojito in La Bodeguita, My daiquiri in El Floridita."


As paredes são todas cobertas por escritas de turistas de toda parte do mundo.

Achar um espaço é que é uma proeza!!!!


Eles tem um andar com mesas para quem deseja comer por lá.

Tem várias recomendações, mas como já tínhamos almoçado...



O verdadeiro Mojito!!!!!


E aí? Delicioso mesmo? Muito bom, mas é diferente do que costuma ser servido no Brasil.

No início achei estranho.

Mas, sinceramente, o meu preferido foi o Daiquiri.


Nossa permanência no bar durou o tempo de um mojito. Nem acredito quando conseguimos uma cadeira no balcão.

Dali partimos para o mais importante ponto turístico da cidade.

Museu da Revolução.

Um pouco de história antes de começarmos.

Antes da revolução, o ditador Fulgêncio Batista comandava o país com o apoio dos EUA.

Em 1959 (dia 01 de janeiro) ocorreu a Revolução Cubana pelo Movimento 6 de Julho liderada por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara (este o mentor realmente) para destituir o poder de Fulgêncio e transformar o país em uma nação socialista.

Importante salientar que Fulgêncio Batista fugiu para a República Dominicana no dia 31 de dezembro de 1958.

Com isso, Cuba perdeu o apoio dos EUA e iniciou o embargo e ganhou a ajuda da antiga União Soviética (URSS), tudo isso no auge da Guerra Fria.

O prédio onde hoje se localiza o museu era o antigo Palácio presidencial.

Aqui a entrada não é gratuita, mas é tipo ponto obrigatório da cidade.

Um pouco salgado o valor se pensarmos em padrão Cuba.

E o mais importante, quase todas as informações são em espanhol. Então dependendo da língua, sem um guia, será mais para ver os objetos e o palácio por dentro.

É interessante porque conta a história de toda a revolução, claro que do ponto de vista dos revolucionários.


Toda feita em mármore carrara, a escada demonstra o poder econômico que Cuba já teve. O busto é de José Marti que lutou pela independência de Cuba da Espanha.

Em todo prédio você poderá perceber os furos de bala da época da revolução.


Repare todos esses pontos na parede que parecem pontos pretos são perfurações de bala.

Rincón de Los Cretinos - O canto dos cretinos.

Fulgêncio Batista - Graças seu cretino por nos ajudar a FAZER A REVOLUÇÃO.

Ronald Reagan - Graças seu cretino por nos ajudar a FORTALECER A REVOLUÇÃO.

George Bush Sr. - Graças seu cretino por nos ajudar a CONSOLIDAR A REVOLUÇÃO.

W. Bush - Graças seu  cretino por nos ajudar a FAZER O SOCIALISMO IRREVOGÁVEL.


Salão dourado. Local dos banquetes. 


Capela. Os vitrais são da Thiffany.


Salão dos Espelhos sendo reformado. Sua arquitetura foi baseada no Palácio de Versalhes.

Nessa foto, no canto inferior a esquerda você pode ver o tanque usado por Fidel Castro na invasão dos EUA na Baía dos Porcos.

Fachada do Museu.



Trilogia da Revolução Cubana - Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto Guevara.


Aqui é uma representação em tamanho real de Ernest Che Guevara e Camilo Cienfuegos com seus trajes militares.




No Pavilhão Granma, que você tem acesso pelo museu você encontrará alguns veículos utilizados na revolução, inclusives 02 aviões abatidos por Cuba.

Aqui inclusive você verá, dentro de uma grande caixa de vidro, a lancha que levou Fidel e diversos guerrilheiros do México a Cuba.





Pavilhão Granma.
Nossa segunda parte termina por aqui, mas ainda falta a terceira e última parte desse longo dia.






Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!