sábado, 25 de junho de 2016

Vale Sagrado - Peru

Fechamos a excursão do Vale Sagrado pela Viator, um site de excursões.

Nunca tínhamos feito isso, então posso dizer que ficamos bem apreensivos de eles não aparecerem no dia.

Nunca falamos com ninguém, nem houve troca de e-mail. Simplesmente entramos no site, escolhemos a excursão; eles perguntam qual o nome de nosso hotel (já que a excursão pegaria nele) e pagamos.

Só tivemos um próximo contato (que nem posso dizer que foi) na véspera do passeio. Eles entraram em contato com o hotel e pediram que nos avisassem que estariam a tal hora no dia seguinte para nos buscar.

No dia seguinte na hora exata eles estavam lá.

E porque não deixamos para reservar em Cusco? 

Ficamos com medo, pois não tínhamos outras opções de dia para fazer esse tour e já tínhamos comprado o bilhete para Águas Calientes saindo de Ollantaytambo.

O tour tinha como roteiro:

1 - Conhecer tipo uma fazenda onde criam Alpacas, Lhamas e fazem os tecidos com seus fios.
2 - Em seguida paramos em um ponto de observação para ver a vista do Vale e do Rio Urutamba
3 - Pisac com sua feira de rua e uma breve explicação sobre pedras semi preciosas e a prata
4 - Parada para almoço
5 - Ollantaytambo

O guia foi sempre muito simpático, mas a impressão que tínhamos é que ele estava sempre correndo.

Ele nos disse que corre um pouco até para sermos os primeiros a chegar nos lugares e assim conhecer com mais calma, e menos gente no local.

Não posso negar que isso realmente foi legal, mas tem horas que você quer algo com mais calma.

Esse primeiro lugar que fomos é como se fosse uma fazenda para turista conhecer os animais e como é o artesanato local com pele de alpaca.




Isso eu achei bem legal, pois nunca tinha pensado que todos esses animais são da família do camelo.

Aqui nesse quadro eles diferenciam um do outro.


Agora vamos conhecê - los? 

As Lhamas são maiores com pelo mais enrolado e menos usado para fazer tecido. Elas são usadas para carregar peso e ajudar a transportar coisas.

As alpacas são menores e essa sim tem o pelo usado para fazer linha.

Elas podem ter várias tonalidades e a branca é que é tingida.

Os tecidos feitos de baby alpaca (que são os mais caros) correspondem ao primeiro corte da alpaca que é feito entre 4 e 5 meses.

E também tem as vicunas que são bem parecidas com as alpacas. Elas não aparecem na foto, pois preferem ficar "pastando" no meio da mata.


Nos permitiram deixar alimentar os animais.

É só mostrar que eles vem logo. São muito calmas e dóceis.





No local também há uma representação de um ninho de Condor, que é um animal muito visto na história Inca, que representa o céu, o plano superior.


Aqui começa a explicação sobre como é feito as cores do fios.

Elas criam os fios com as próprias mãos a partir de grumos de pelo do animal.

Esses fios depois de feitos são jogados nessas panelas no fogo que já possuem a "tinta". Ficam aí "cozinhando" por algumas horas e pronto!!! Estão tingidos.


Uma mulher com a roupa típica deles nos dando a explicação.


Aqui são as tintas. O cacto lá atrás tem tipo um bichinho preso nele que quando esmagado gera uma cor vermelho rubi, como se pode ver no primeiro pote a direita da foto.

A partir daí as cores são criadas com a mistura de outras substâncias.


Os fios tingidos vão secar e depois... Hora de fazer os tecidos...

Na foto podemos ver a filha ao lado da mãe. Isso foi algo que nos chamou a atenção, pois em diversos lugares víamos as crianças com as mães, inclusive bebê de 03 meses.

E você pode pensar que é só no "interior", mas não. Em Lima também encontramos bastantes casos assim.


Mais um pouco do trabalho delas que é completamente manual.


No final eles nos mostraram os diversos milhos que eles possuem; sendo o roxo o responsável pela Chica Morada.


Dali seguimos rumo a Pisac, porém antes paramos para ter uma vista linda do Vale Sagrado e ao fundo o Rio Urubamba que corta quase toda a região, inclusive Machu Picchu.


Ao chegarem Pisac fomos direto para uma loja onde vendem panos e roupas de alpaca e baby alpaca, assim como jóias de prata com pedras.

Também na loja a uma pequena lanchonete onde eles nos apresentaram o Cuy, que é um dos pratos típicos do território Inca do Peru, que já falamos em outros posts.

Aqui os porquinhos da índia.

Aqui já assado.


Chicca Morada, uma bebida feita de milho roxo.

Tivemos um tempo livre para conhecer a feira de Pisac.

O que mais vamos encontrar são as coisas feitas de pelo da alpaca, mas também vendem artigos de decoração (chama a atenção os tabuleiros de xadrez feitos de madeira muito bem trabalhados que para quem gosta do jogo vale muito a pena, mas o problema é o peso e o tamanho dele.

E também encontramos roupas feitas com algodão de Nazca. Todas são em tom cru. Para as crianças é bem bonita, mas para adultos...

Gosto é gosto.

Dali fomos almoçar em um restaurante que vou falar a parte, pois é muito gostoso, tem bastante variedade e um preço bem em conta entre o caminho de Pisac e Ollantaytambo.

Do almoço partiu conhecer Ollantaytambo.

Chegamos.

Vista de quem acabou de entrar no sítio arqueológico. Pode - se ver entre os "degraus" pequenas aberturas que são as escadarias que te levarão até o topo.

Única cidade da era Inca no Peru ainda habitada.

Essa cidade constitui um complexo militar, religioso, administrativo e agrícola; e sua entrada é feita pela porta chamada Punku - Punku.

Comumente chamado "Fortaleza" devido aos seus imensos muros, foi uma cidade - alojamento para dominar o Vale Sagrado doa Incas.

Algumas das rochas usadas em sua construção são encontradas a quilômetros de distância da cidade, o que nos faz pensar a tecnologia que eles possuíam de transporte dessas pedras.

Seu nome deriva do General Ollanta. Que se apaixonou pela filha do Imperador Inca Pachacutec. 

Porém era proibido um plebeu casar com uma princesa. 

O Inca trancou sua filha para que o General não soubesse do nascimento de seu filho e achando que ela estava morta, fugiu para essa cidade que hoje leva seu nome.


Essas pedras que vemos na lateral dos paredões que até parecem escadas, eram escadas mesmos que eles usavam para subir de um "degrau" para o outro.

Com eram feitos esses paredões de cada degrau.

Subindo a montanha, sem fazer manha...

Quase lá... Aqui conseguimos ver um pouco das escadas que tem de um lado dos "degraus" que as pessoas usam para subir.

Só mais um pouquinho... É bem alto não?

Essa montanha possui uma formação que lembra um rosto de perfil. Ele apareceu após um terremoto que ocorreu no século XX. Próximo a ele podemos perceber uma construção que era um silo de alimentos. Essa localização foi bem pensada, pois mesmo em dias de sol forte o vento é intenso, mantendo o alimento fresco.

Esta representação é de Wiracocha ou Tunupa.

Ele era o guardião dos alimentos.

"Com um semblante triste e um olhar de censura, este rosto, trabalhou por homens e do tempo, tem vista do abismo do penhasco que serve como seu corpo, sobre o qual, quase imperceptível, que desenhou as mãos que parecem suportar a carga ou pacote que peregrino carrega." - Trecho do livro Cusco e o Vale Sagrado dos Incas.


Aqui um pouco mais de perto. Dá para perceber como se fosse uma linha que corta a montanha que era o caminho e ainda pode ser usado até hoje para se chegar no local.

Imagem do livro.

Vista da cidade do topo.

Outra montanha que serve de escudo para a cidade e principalmente para sua construção. Nela também podemos perceber a formação de ooutra estrutura que parece outro silo, mas esse era um observatório astronômico.

Aqui podemos ver do topo a montanha a frente (que possui o rosto e o silo), assim como as escadarias em detalhe. Em cada "degrau" desses era plantado alguma coisa como batata, milho e quinoa; que são os principais itens de produção deles.

Cheguei!!!!!!!

No topo temos o Templo do Sol, ou pelo menos, o que restou dele. Pode - se ver o perfeito encaixe das pedras.

Em alguns blocos de pedra podemos observas pequenas "entranhas" nas pedras. Será que era para amarrar cordas e levá - las de um lado ao outro?

Não se sabe se essas pedras estão aí porque o Templo foi destruído pelos espanhóis ou será que não chegou a ser completamente construído?????? 


Para descermos utilizamos um outro caminho que meio que dá a volta na montanha. Legal para se ter uma outra vista, a questão é que é um caminho bem estreito.

Aqui podemos ver como era o sistema de distribuição de água pela cidade.

Em detalhes a distribuição. As rochas eram esculpidas por onde eles queriam que a água passasse.


A vista de baixo. Precisa de um certo esforço para se chegar lá em cima ou de muita calma, parando após alguns degraus.

Praça principal da cidade co um pequeno comércio ao seu redor.


Ruelas da cidade.

Após conhecer a cidade e descobrir que não há praticamente nada lá, fomo s andando em direção a estação de trem para ir para Águas Calientes.

Um pouco antes da entrada tem um pequeno posto de atendimento da PeruRail que vende passagens e troca seu ticket gerado pela compra na internet em bilhete para o trem.

Lembre - se que mudanças só podem ser feitas com pelo menos 24h de antecedência, então pense bem no horário antes de comprar.

Nesse caminho até a estação existem diversas barracas com bebidas e coisas típicas, assim como souvenirs.

Também possuem pequenas lanchonetes onde dá para passar um tempo a espera do trem.

E esse vazio na rua desaparece 05 minutos antes do trem chegar ou partir. Aparecem um monte de vendedores ambulantes de milho, água, etc... Assim como taxistas e motoristas de vans.


Bom isso foi o Vale Sagrado.





Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!







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