sábado, 21 de maio de 2016

Em busca dos 50 melhores do mundo!!!!! Astrid Y Gastón: Lima - Peru

A maioria das pessoas conhece o Guia Michelin para restaurantes.

Aqui no blog, inclusive temos alguns especiais de Em busca da Estrela Michelin...

Porém esse guia não avalia todos os restaurantes do mundo, pois ele só existe em alguns países.

Por exemplo, da América do Sul, só tem o Brasil na lista e mesmo assim a primeira avaliação do guia foi em 2015 e só avaliou Rio de Janeiro e São Paulo.

Mas existem diversas outras avaliações e uma das principais, senão a principal, é a The World´s 50 Best Restaurant.

O número 01 da América Latina é o Central em Lima - Peru (número 4 do mundo) e o D.O.M. em São Paulo aparece em 4 (número 9 do mundo).

O primeiro lugar geral é o El Celler de Can Roca na Espanha.

Mas, vamos falar aqui, hoje, do Astrid Y Gastón.



Ele é considerado o número 3 da América Latina e o número 14 do mundo!!!!!!!

Então, quer dizer, não poderia deixar de ir estando de visita por Lima.

Para quem pensou e deseja perguntar, já que ela está na cidade do número 1 da América Latina porque não ir no Central?????

Minha vontade era ir nos dois, mas confesso que não imaginei que pudesse ser difícil, até porque os valores são salgados (mas nem tanto quando comparado com os restaurantes famosos do Rio).

Só me dei conta de reservar o restaurante quando já faltava 15 dias para a viagem. Então, não consegui nenhuma mesa, nem para almoço ou para jantar no Central. Para o Astrid Y Gastón, consegui uma mesa para almoço no domingo.

Porque acho que consegui? O menu degustação não corre aos domingos!!!! 

Não sei se é só nos domingos ou almoço de fim de semana, deveria ter perguntado mas me esqueci.

A questão é que quando você vai em um desses restaurantes estrelados o ideal é o menu degustação, pois além de ver a obra do chef, normalmente o melhor é colocado no menu.

Pode ser que isso seja um motivo para ter conseguido a mesa no almoço de domingo.

Mas, vamos ao que interessa.

Tínhamos feito uma reserva para as 14:30h. Chegamos talvez com 05 minutos de atraso.

Entramos logo com medo de perder a reserva e nem olhamos a entrada direito. Só fomos fazer isso na saída.

Ele fica em uma casa num bairro bem residencial de Lima - San Isidro. Isso pode ser um problema para quem vai de táxi. 

Ao entrarmos há um grande balcão, onde a recepcionista nos perguntou se tínhamos uma reserva. Disse que sim, ela procurou e nos levou a mesa.

Entrada com o balcão.

Perguntei se haveria possibilidade de almoçar nesse dia sem reserva, ela disse que sim, naquela hora.

Nos acompanhou até a mesa, que era grande e redonda em um dos cômodos da casa, parecendo uma sala de estar. 


Não parece uma sala de estar?



Na mesa tinha uma pequena escultura de pedra e nada a mais.



Assim que sentamos veio a garçonete nos perguntar se queríamos água e algo a mais para beber. Além do couvert.


O couvert é simples, mas as pastas bem saborosas. A que menos gostei foi a de abacate.

Pedimos água (que só é Pellegrino) e um Pisco Sour para cada um e o couvert, claro.


O gosto do pisco sour é bem parecido com o de caipirinha de limão. Essa espuma é por causa do ovo que eles colocam. No início fiquei meio receosa de provar, mas praticamente não se percebe o gosto de ovo.

Perguntamos sobre o menu degustação e só nessa hora é que fomos informados que não existia naquele horário.

Vou ser sincera que bateu uma tristeza... Esperava o menu, mas....

Isso não consta no site deles, acho que deveria, pelo menos a pessoa não ficaria esperando.

Continuando....

Após servido as bebidas ela nos trouxe o cardápio com as entradas e pratos principais.

Fizemos nossas escolhas e pedimos a carta de vinhos.

A carta não veio, nem o sommelier...

Pedimos novamente.

E mais uma vez fomos ignorados em relação ao nosso pedido.

Isso foi horrível, simplesmente desistimos do vinho.

Aí você pergunta, pode não ter sommelier na casa? Improvável. Até porque a mesa a nossa frente veio um homem de terno trazendo uma garrafa de vinho.

Por que não insistimos? Sinceramente, isso é algo que não faço. Insistir em ser servido, deveria ser algo natural.

Todos os clientes do restaurantes estavam levemente arrumados, tinha homem inclusive de tênis, mas no contexto bem arrumados. Eu e meu marido não.

Como era nosso último dia em Lima, saímos cedo do hotel para fazer uma excursão até Pachacamac e da excursão seguimos direto para lá. 

Pachacamac é um sítio arqueológico fora de Lima e é terra pura. Então estávamos de tênis, mas com metade das pernas com bastante pó de areia, sapatos sujos e vermelhos até não poder mais, já que estava muito quente e muito ensolarado e passamos 04 horas andando no sol.

Para quem estiver imaginando, não andávamos e a terra caía de nossos sapatos e calças, mas com certeza não estávamos na mesma linha dos outros clientes.

Isso, para mim, não é desculpa e acredito (prefiro assim) que não seja o motivo; mas foi o primeiro ponto que nos decepcionamos com o restaurante.

Então ficamos com água durante toda a refeição.

Vamos comer?

A entrada do meu marido foi dentro do padrão. Não chamou a atenção, não achamos especial.


Ceviche do dia.

A minha entrada eu não consegui comer. Ela estava boa, mas muito diferente do que como, então não consegui terminar o prato. Não pediria novamente. Nem meu marido gostou.


Nikkei salad, sea urchin, squid and soba, tobiko chalaca.

Em relação ao prato principal, a maioria do cardápio é prato individual, mas tem 02 opções que são prato para 02.

A garçonete do local, nos indicou a Cuy (prato típico andino - porquinho da índia), mas como já tínhamos experimentado em Cusco preferimos escolher outro.

Não queríamos peixe que é o carro chefe. Então pedimos o Arroz com pato.


Arroz com pato inteiro. Peito e perna inteira. O arroz fica verde devido ao coentro.

Prato lindo, com comida suficiente para 02 pessoas. 

O pato é defumado por 12h, mas lembre - se que a carne de pato tem um gosto bem característico. Não é nem de perto parecida com a carne de boi. A pessoa precisa gostar de pato.

Sou chata, chefs me odeiam, mas tenho um sério problema com carne que vem ao prato vermelha, com aparência de crua por dentro.

Todo mundo fala que não devo fazer isso, mas fiz. Não posso deixar de comentar minhas gafes também.

Assim que o prato chegou e vi, pedi a garçonete se ela poderia pedir para "passar" um pouquinho mais a carne. Falei com ela que sei que isso é um sacrilégio, que os chefs odeiam, mas que não conseguiria comer assim.

Ela bem calmamente virou para mim e disse que não, pois assim a carne perderia todo seu saber e seu ponto, não ficando gostosa.

Entendi perfeitamente, porém fiquei surpresa. Fiz o mesmo pedido quando fui ao Olympe, Le Pré Catelan e Cipriane (restaurantes do Rio de Janeiro) e ninguém tinha me negado isso.

Estava muito gostoso, não posso negar, mas só comi a beirada da fatia de pato.

Ao final a sobremesa.

Essa sim, não só surpreendente como MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pedimos a Bomba de chocolate com mouse de banana e carambola, pensando no doce bomba de chocolate que comemos aqui.

Quando chegou....


Gostaria muito de saber como isso é feito. Chama atenção quando chega.

Ficamos surpresos com a aparência e com o tamanho. Lembrando que serve 02 pessoas (dá para ser mais).

Aí perguntamos, como se come?

A garçonete respondeu: "Agora vou quebrar."

E com batidas de colher ela foi quebrando a bomba e foi aparecendo o recheio...


Começou o quebra quebra...

Começou a abrir...

Essa calda quente de chocolate...

Não sei como eles conseguem fazer isso, mas é algo indiscrítivel!!!!

Um recheio de mousse de banana com amêndoas e castanhas e sorvete de carambola e para finalizar calda de chocolate quente em cima de tudo.


Bomba de chocolate, mousse de plátano e carambola.

PERFEIÇÃO!!!!!!!!!!!

Éramos os últimos clientes da casa a sair, da sala de refeição, pois alguns estavam fazendo tipo um "tour" pelas dependências do restaurante e de sua área externa.

Não sei se eles pediram, mas vimos que tinham 02 grupos distintos fazendo isso.

Ninguém nos ofereceu. Bem que gostaria.

No final, nos despedimos, andamos um pouco pelo restaurante para conhecer os outros ambientes e fomos embora.


Varanda na entrada do restaurante.

Existe uma área lounge onde fica o bar.


Passando pelo bar para as mesas, existe essa outra varanda na parte de dentro que dá vista para um átrio bem ornamentado de flores.

A varanda interior no caminho para a mesa.


Ambiente menos formal.

Normalmente a recepcionista desses restaurantes pergunta se queremos um táxi ou não, mas aqui ninguém nos perguntou nada.

Só na saída percebemos realmente a casa que os abriga.


Não é um lindo casarão?

Um casarão grande, imponente com uma pequena horta que parecia que era onde eles plantavam alguns de seus itens.

Ficamos na porta da rua pelo menos 20 minutos esperando táxi e embora as pessoas do "vallet" como as recepcionistas tenham nos visto lá esperando, ninguém ofereceu chamar um táxi.

Finalizando.

Valeu a experiência? Sim

Comida é boa? Tirando a minha entrada, não posso reclamar.

É um valor justo para um restaurante desse nível? Sim (só vou deixar um adendo que quando vimos o valor do Arroz com pato e a garçonete nos falou que era para 02 pessoas, pensamos: bem em conta, porém na hora de pagar a surpresa. Eles cobram o dobro do valor do cardápio. Embora o prato seja para 02 pessoas o valor ali no cardápio era de 01 pessoa. Acho que eles deveriam colocar o valor normal, já que não existe a possibilidade de pedir o prato para 01 pessoa).

Ficou satisfeita? Com o serviço - NÃO. Não nos atenderam na questão do vinho, embora tenhamos pedido a carta por 02 vezes, não fizeram questão de nos mostrar a casa, não chamaram nem perguntaram se queríamos um táxi. Me senti um pouco menosprezada. 

Podem pensar que isso é paranóia minha, mas o meu marido que não reclama de praticamente nada, para ele está sempre tudo bom, falou a mesma coisa.

Voltaria? Não, a não ser pela bomba.

Vou colocar as fotos do banheiro também, pois achei bem diferente do habitual.


O banheiro é bem diferente. A entrada é a mesma tanto para homens como para mulheres. No centro da sala existe um estrutura redonda metálica com uma porta de cada lado. Aqui indo para a espera feminina.

Tem 02 banquinhos com 02 penteadeiras na área feminina.

A visão do banquinho.

Uma visão melhor da estrutura.

Sou sincera que demorei para identificar onde devia entrar, em qual porta. Até que reparei que no lustre há a imagem da menina/menino.


Para quem quiser saber o valor de alguns pratos...



Para quem tiver interesse nos valores.


Acho que é isso.




Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Buenos Aires: Tango e Passeio pelo Delta do Tigre

Todo mundo sabe que nunca esgotamos uma cidade.

Mas se tiver tempo e quiser fazer um passeio nos arredores de BSA essa é uma ótima opção.

Existe a possibilidade de excursão, mas dá para fazer por conta própria.

Como estávamos com crianças, preferimos fazer por excursão devido a praticidade de pegar e deixar - nos no próprio hotel.

O Passeio pelo Delta do Tigre é diferente e lhe dá a possibilidade de ver uma maneira de viver fora do comum.

Tigre é o nome da cidade que está localizada a pouco mais de 30km de BSA.

Lá encontraremos o Delta do Paraná que é o 5 maior do mundo e o único que conduz a um rio de água doce.

Na estação fluvial se pega um barco que passeia pelo rio onde vimos e entendemos um pouco como vivem essas pessoas que dependem de barco para comprar comida, gás, coletar lixo, levar as crianças para o colégio, as pessoas para a igreja, etc...

A estação fluvial.


O Parque de la Costa.

Algumas casas são muito velhas...

Mas algumas parecem casas de boneca.

A Igreja.

A maioria das casas tem pontos certos onde "estacionar" seus barcos.

Essa é a antiga casa de um grande político da Argentina (não lembro o nome) que foi toda protegida por vidro para conservação.

O barco de compras.

Existe um mercado chamado Puerto de Frutos que fica ao lado do Rio Luján - bem perto da estação fluvial, porém estava fechado no dia que fomos (segunda feira).

Não paramos em San Isidro, mas para quem vai por conta própria é uma cidade pequena que encanta a todos e dá para descer, conhecer e depois voltar ao trem na ida ou na volta da cidade.

O Trem é conhecido como Trem de la Costa.

Se puder escolher o dia para ir, vá no final de semana. Do lado desse passeio existe o Parque de la Costa, que pelo que vi só abre finais de semana, assim você pode fazer o passeio de barco pela manhã e brincar a tarde.

Passeio extremamente bucólico, realmente para descansar.

A noite, como não poderia deixar de ir, fomos a um show de Tango.

Essa era minha segunda vez em BSA e devido a presença dos pequenos, fizemos a escolha da casa de show pelo horário, tempo de duração e facilidade (sem escada).

Optamos pelo Madero Tango.






Escolhemos a opção com jantar que é servido antes do show (embora o show começou e ainda não tínhamos terminado).


Empanada de carne e batata e típico molho regional de tomate.

Salada de tomate e chicória com queijo parmesão temperada com molho de manjericão, sobre pão de campo condimentado com finas especiarias.

Peito de frango recheado com presunto, finas ervas e combinação de queijos, acompanhado de risoto de vegetais e chutney de manga e pêra.

Bife de chorizo argentino com batatas dourados na manteiga de ervas.

O menu infantil é ara matar qualquer mãe. Bife ou peito de frango empanado com batata frita. Quando seu filho não come batata frita e nada empanado.... Ainda bem que levei algumas coisas para eles.

Tríplex de baunilha, café e mascarpone.

Semiesferas de laranja em base de chocolate e molho de licor.

Fica localizado no Puerto Madero.



O show é bem bonito, mas muita perfomance teatral. Um estilo musical onde eles contam uma história em forma de dança.

A equipe de músicos era fantástica.

Antes do show começar, um casal de dançarinos vai de mesa em mesa para tirar fotos com as pessoas.

Eles encenam passos com você para as fotos.

Após o show tem uma aula de tango inclusa para quem quiser ficar.

O show e a comida são bons, mas realmente se é a primeira vez acho que vale mais a pena, uma das casas mais conhecida como Carlos Gardel, Sr Tango, ...

Da primeira vez que fui, o escolhido foi o Carlos Gardel.

Mais pomposo, requintado e com belíssimo show.



Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!