segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Parque ou obra de arte? - Park Güell: Uma das obras de Gaudi

" A reta é do homem, a curva é de Deus."

"Ser original é voltar às origens."

Antonio Gaudi.

Idealizado por Antonio Gaudi, esse parque urbano em Barcelona é um dos maiores pontos turísticos da cidade.

Construído entre 1900 e 1914, foi vendido a Barcelona em 1922 e aberto ao público em 1926. Seu intuito era ser um retiro para famílias ricas no estilo cidade - jardim inglês, por isso seu nome com K., mas não houve interesse e por isso foi vendido.

O projeto original teria 40 casas, mas só 02 foram construídas, sendo em uma delas a Casa Museu Gaudi, onde sua renda vai para a construção da igreja Sagrada Família, e as áreas comuns.

Que bom não? Assim temos essa maravilha para conhecer.


Essa casa fica no caminho para a entrada do parque e aqui Gaudi morou de 1906 a 1925 quando foi morar na oficina da sagrada Família.

Chama - se La Torre Rosa e está no Caminho do Rosário.





Uma mistura de cores, brilhos, texturas que se juntam em extrema maestria de beleza. Andar no meio das árvores observando a arquitetura do lugar, que vai desde bancos a pilastras é um dos destinos obrigatórios para quem visita a cidade.

Embora você possa comprar a entrada no local, sugiro que compre antes pela internet já que acaba e lota rápido. No dia que fomos nossos ingressos eram para as 10h e por curiosidade perguntei na bilheteria para que horas teriam e só teria a partir das 16h.

Uma coisa que vocês verão é a falta de linhas retas, pois segundo Gaudi a natureza não é reta.

A caminho da entrada do parque propriamente dito.

Do lado de fora você já pode ver algumas das construções.


Assim que você entra o caminho te levará para a zona central do parque que é composta por uma praça de terra abatida com um banco curvo todo ladrilhado e vista para a cidade.


Vista aérea da praça. Foto: wikipédia.


Os bancos curvos. Eles possuem um leve inclinação para que a água da chuva não se acumule. E esse mosaico dos ladrilhos é o trecandis.

As pilastras que suportam a parte da frente da praça.

Esta praça fica suspensa por pilastras que formam a Sala Hipostila. Chamada de Praça Oval ou Teatro Grego e acredita - se que seria para uso de peças teatrais.

Descendo vamos para a Sala Hipostila.


Segundo muitos especialistas essa é parte menos original do parque.

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Ela possui 86 colunas dóricas (tipo mais rústico de arquitetura grega onde suas colunas são desprovidas de base). Fonte - Wikipédia. Gente, o que seríamos hoje sem esse site!!!!! Muitas informações que ficariam soltas e sem explicação para pessoas que não entendem de arte e arquitetura como eu.

Uma explicação visual dessas pilastras em estilo dórico. Foto: Wikipédia.

Foto: Wikipédia. Realmente lembra essas colunas gregas, não é?

Essas pilastras foram construídas com entulho e argamassa, e revestida com trecandis claros, sendo que as exteriores são ligeiramente inclinadas para dentro atuando como contraforte.

Mas o que é trecandis? 

Você verá que o revestimento é feito de pedaços de cerâmica e vidro criando mosaicos lindos e coloridos que são típicos do modernismo catalão, e isso é conhecido como trecandis.

Esta sala nos leva a escadaria que possui 03 fontes em seu caminho.

É como se fossem 03 lances de escadas cercados por paredes que alternam a estrutura côncava e convexa revestidos de cerâmica.



De baixo para cima, na primeira fonte temos a imagem de um círculo, um esquadro e um compasso. Pitágoras? Maçon? Não sabemos.

Na segunda fonte vemos a cabeça de um animal (serpente?) sobre o escudo da Catalunha. Referência a medicina? A serpente do cajado de Moisés? Ao sardão, que é um réptil comum do local? Também não sabemos.

Muito simbolismos em um único lugar. Muito Robert Langdon não?



A terceira e mais famosa fonte apresenta a Salamandra que hoje é o símbolo do parque e é conhecida como El Drac. Representa a cidade de Nîmes onde Gaudi viveu? É um símbolo da alquimia que representa o fogo? Mais uma pergunta sem resposta.





E finalmente descendo as escadas chegaremos a entrada principal com 02 pavilhões bem no estilo Gaudi.



Esses pavilhões são destinados aos serviços do parque (como loja de souvenirs) e fazem parte do muro de entrada que é composto de tijolo e revestido com pedras rústicas. Entre eles encontra - se um portão de ferro.

Seu teto é composto de cerâmica em modelo "paraboloide hiperbólico" - o quê????? Percebam que seu formato lembra uma sela (um exemplo do dia a dia é a batata pringles) - Fonte: Wikipédia. 

Nem sabia que isso tinha um nome específico... Vivendo e aprendendo. Quem disse que viajar não é cultura, inclusive de matemática.


E suas chaminés são em forma de cogumelo e servem para ventilação.



O maior delas era destinado ao porteiro e hoje é um Museu. O menor com sua grande janela lembra o olho de inseto. Não parece mesmo o olhar de uma mosca?


O menor pavilhão que lembra o olho de uma mosca.

O maior dos pavilhões. Essa vista é pelo lado de fora.

Olhando de frente para a escadaria a esquerda temos um pequeno café, mas a direita encontramos um recuo com colunas que mais lembram patas de elefantes que era o local destinado para abrigar as carruagens.


Aqui caberiam até 03 carruagens.


Além disso o parque abriga quase 3km de estradas seja para carruagens ou pedestres e serviriam as casas do "condomínio". Elas integram a paisagem e foram feitas com pedras rústicas extraídas do local.


Essa vista é pelo lado de fora a caminho da entrada. Muitas dessas estradas também formam viadutos dentro do parque.



Gaudi rejeitava o uso de retas e ângulos retos por considerá - los antinaturais; por isso a maioria das abóbodas são curvas e as colunas inclinadas.

Não parece uma pilastra torcida.




O Pórtico da lavadeira que rodeia a Casa Larrard lembra o formato de uma onda em rebentação.

Foto: Wikipédia.

Antes de ler já tinha essa impressão como parece uma onda.
As obras de Gaudi são espetaculares e o Park Guell não fica para trás.

Além da beleza você terá um ótimo tempo passeando no parque. Leve protetor, chapéu e beba muita água, pois em dias de sol forte aqui você será castigado.

As crianças gostaram mais pelo fato de poderem correr. Levei carrinho e foi super tranquilo só em alguns momentos é que precisei carregá - los, mas tomem cuidados pois o parque muito cheio. Não me refiro a assaltos, mas as crianças acabarem se perdendo porque querem correr.



Daqui fomos conhecer outros lugares, nada perto, então deixarei para o próximo post.


Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!






quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Costa chilena - Viña del Mar e Valparaíso

Fugir do tradicional e básico no Chile é difícil. 

Como não conhecer Viña del Mar e Valparaíso? Acho que é o nome que mais escuto do Chile após Santiago.

Então, vamos lá...

Valparaíso fica em torno de 1h de Santiago e novamente escolhemos fazer o tour com o nosso guia Sr Luis.

Saindo da cidade paramos em uma grande loja de vinhos, mas como não tínhamos ido a nenhuma loja ou supermercado para saber os preços chegamos lá sem noção se estava no preço ou mais caro ou mais barato.

Agora posso dizer que está no preço, não encontramos muita diferença, mas lá vimos vinhos que não encontramos em outros lugares por serem de vinícolas mais familiares.

A exceção eu deixo para os da Concha y Toro, em especial o Epu que estava em promoção na própria vinícola.

Dali fomos conhecer a vinícola Emiliana.



Famosa por ser orgânica é uma "prima" da Concha Y Toro. Possui visitas guiadas que devem ser agendadas, e é um atrativo para as crianças devido a criação de animais.

Como fomos início de setembro as vinícolas ainda estão "secas", o que gerou uma leve decepção e não interesse em fazer o tour.


Dá para imaginar esses campos cheios de uva. Deve ser lindo!!!!



Passeamos pelo local, as crianças alimentaram algumas lhamas, correram atrás de galinhas e depois fomos a sua loja.


Um bom espaço para um pequeno lanche no meio do caminho e curtir a natureza.



Uma horta particular no local.



O mais famoso vinho é o Coyam, tendo um preço bem salgadinho.


A loja da vinícola é bem pequena, mas o ambiente é muito acolhedor e agradável.




A vinícola Emiliana fica no Valle do Casablanca, tudo a caminho do mar.

Existem diversas outras vinícolas que podem ser visitadas, seja por conta própria ou em forma de tour.

Aqui segue o link do Let´s fly away que fez um desses tours. 


Uma boa opção também para degustar e conhecer mais um pouco dos vinhos chilenos.

Dali partimos para Valparaíso.

Cidade costeira que é a sede do poder Legislativo do Chile e possui um porto bem movimentado.

Ela é toda montanhosa e para facilitar a vida dos moradores existem alguns "elevadores" espalhados pela cidade.

Sinceramente não gostei da cidade, fomos a alguns mirantes e a visão principal era do porto da cidade com seus diversos containers. Muitos dizem que a beleza se encontra na "desordem" do local, não achei. Acho que até porque aqui no Rio já tenhamos essa "desordem", outros dirão que é pelas diversas montanhas... Não me impressionou em quase nada.


Não chama atenção, não é?


Possui casas e ruas bonitas? Sim, mas nada que realmente me chamasse a atenção seja pela sua arquitetura ou beleza natural.

Passamos em frente a Plaza Sotomayor que é a maior da cidade e nela encontra - se o Monumento a los heroes de Iquiqui, que é uma homenagem aos que participaram do Combate Naval de Iquiqui.



Dali seguimos para conhecer uma das casas de Pablo Neruda, La Sebastiana.


Uma casa de 05 andares com seus itens pessoais.

Para chegar na casa subimos e subimos por diversas ladeiras e ruas estreitas.

Na entrada há uma pequena casa onde vende souvenirs e tem uma pequena cafeteria, além da venda de ingressos para visitação do interior da casa.

Na área externa há um jardim bem cuidado e pequeno além de uma varanda com vista para a cidade.





Pois é Neruda, estamos aqui.
Não dá para resistir com um banco assim e não tirar uma foto.


Dali fomos ver o que tanto falavam de Passeio Yuguslavo, que nada mais é do que andar por algumas ruas onde estão algumas das casas mais antigas da cidade.




Também não chamou atenção.

Decidimos ir direto para Viña Del Mar, conhecida também como Cidade Jardim, e ao chegarmos lá aí sim entendemos o apelo a região e gostamos muito.

Cidade litorânea que lembra muito Floripa com uma longa avenida Beira Mar com um ótimo calçadão.

Se soubéssemos antes teríamos passado o tempo todo lá.

Quiosques, restaurantes, diversos espaços infantis que as crianças amaram e um cassino.




Diversão garantida para os pequenos.

Aproveitamos para almoçar em um restaurante em frente a praia, bem no final da avenida onde pudemos molhar os pés na água do pacífico e comprovar que é bem gelada e ver alguns animais.







Conhecemos o Relógio de Flores, local clássico para turistas onde vemos um grande relógio que realmente funciona e seus números são flores. Foi criado para a Copa do Mundo de 1962 que ocorreu no Chile.





E não podíamos deixar de ver um Moa, embora não estando na Ilha de Páscoa, existe um deles aqui na cidade em frente ao Museu Fonck que abriga uma exposição sobre artefatos da cultura chilena, em especial a RapaNui da Ilha.



Um dia ainda iremos vê - los pessoalmente.

Se fosse de novo não iria a Valaparaíso, ficaria o dia inteiro em Viña e conheceria ela melhor pois deixamos de conhecer muitos pontos e aproveitaríamos mais a cidade.

Mas, "tudo vale a pena se a alma não é pequena", não é?



Bjs   e   Até   a   Próxima   Aventura,   sempre   Tentando   Explorar   o Mundo!!!!!!!!!!!!!!!